sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Esopo - autor do mês de outubro


            As únicas informações sobre a sua vida, passíveis de credibilidade, que chegaram até aos dias de hoje são transmitidas por HeródotoPlutarco, mas são tão escassas e até, por vezes, contraditórias que se chega a duvidar da existência de tal personagem.

Segundo uma biografia egípcia do século I a.C., Esopo teria nascido provavelmente na região de Trácia, onde hoje se localiza a Turquia, por volta do ano 550 a.C. Segundo a lenda, ele teria sido vendido como escravo em Samos a um filósofo, que posteriormente lhe teria concedido alforria, a sua libertação.

Viajou pelo mundo, tendo passado pelo Oriente Médio, Egito e Babilónia, o que teria enriquecido o género que inventou. Foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas histórias, onde os animais desempenhavam papéis que faziam sentido do ponto de vista moral, ou seja, eles tomavam o lugar dos homens, e viviam os seus dramas comuns.

 A coleção de Esopo era lida no século V em Atenas, uma das épocas de maior efervescência cultural grega. As suas histórias faziam parte da tradição oral, assim como as obras de Homero, por isso, só foram reunidas e escritas 200 anos depois.

Esopo inspirou muitos poetas medievais. As suas coleções de fábulas também influenciaram La Fontaine, escritor e fabulista francês.

As centenas de fábulas da autoria de Esopo incluem histórias que fazem parte do património de todo o mundo. Na Raposa e as Uvas, a raposa, desdenhando as uvas que não conseguia alcançar, deu origem à moral "É fácil desdenhar o que não se consegue ter" enquanto na Raposa e o Corvo sugere "Nunca confies nos que te gabam demasiado" e na Raposa e a Máscara diz que "O valor do exterior é pobre substituto do valor interior". Em O Galo e a Pérola, em que o animal prefere um grão de aveia à pérola, sugere que "As coisas valiosas são para os que as sabem apreciar". Em O Lobo e o Cordeiro em que o primeiro come o segundo invocando razões inexistentes diz que "A um tirano qualquer desculpa lhe serve". No Cão e a sua Sombra existe a moral de que "Cuidado em não perderes o essencial, ao tentares agarrar a tua sombra". No Leão Moribundo a máxima é "Apenas os cobardes atacam a majestade agonizante". Nas Rãs que Queriam Ter um Rei Esopo sugere que "Mais vale não ter governo nenhum que ter um governo cruel". No Homem Calvo e a Mosca chega à conclusão de que "Quem ataca demais inimigos insignificantes prejudica-se a si mesmo". No Cão e o Lobo o último diz que "Mais vale fraco e livre do que gordo e escravo". Na Fábula A Gata e Afrodite, em que a gata, transformada em mulher pela deusa, se esquece da sua nova condição e corre atrás de um rato para o comer, Esopo viu a seguinte lição: "O perverso pode mudar de aparência, mas nunca de hábitos".

https://www.ebiografia.com/esopo/;https://www.beav.ovh/wp-content/uploads/2020/10/O-Le%C3%A3o-e-o-Rato.pdfhttps://minhaliteraturinha.blogspot.com/2021/01/as-fabulas.html




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