Sobrevivente do extermínio de judeus na Segunda Guerra tem como missão de vida passar sua história aos jovens.
Há 72 anos, o então adolescente judeu
Aleksander Laks, estudante de uma escola improvisada pelos nazis no gueto de
Lodz, na Polônia, desconfiou quando os responsáveis pelo colégio mandaram todos
os alunos comparecerem sem falta no dia seguinte e resolveu ficar em casa. Na
manhã seguinte, todos os colegas foram executados.
Um dos mais famosos sobreviventes do Holocausto
que hoje vivem no Brasil, Laks, 84 anos, tem nas escolas a grande missão da sua
vida: não deixar que os horrores da Segunda Guerra (1939/1945) caiam no esquecimento.
Aos 17 anos, ele foi resgatado de campos de concentração pesando apenas 28
quilos. Além de dar várias palestras por semana contando como sobreviveu após
passar por três campos na Polónia e na Alemanha, Laks mantém ainda contacto com
jovens através de sites como o Facebook e o Orkut.
“Hoje eu vivo para manter viva a memória, não
deixar o Holocausto cair no esquecimento. Dou palestras em escolas públicas,
particulares, universidades e igrejas. Os jovens recebem esse testemunho
chorando”, afirma. Além do Rio, ele também percorre outros estados contando
como se tornou o único sobrevivente de uma família de 60 pessoas, arrasada pela
perseguição nazi aos judeus.
Entre as várias palestras por semana e registos
deixados na Internet, Laks ainda encontrou disposição para preparar um livro,
intitulado ‘O Sobrevivente - Memórias de um brasileiro que escapou de
Awschwitz’. Ele veio para o Brasil em 1948. “Estava num
campo de refugiados e inicialmente não pude vir porque era judeu. Depois,
consegui ir para os EUA, e, de lá, como turista, para o Rio, onde tinha uma
tia. Constituí família e nunca mais saí. Sou brasileiro”, conta.
Atual presidente da Associação Brasileira dos
Israelitas Sobreviventes da Perseguição Nazista, Laks ficou sob o poder do
exército de Hitler entre 1939 e 1944. Depois de sair do gueto de Lodz, ele
passou pelos campos de concentração de Auschwitz-Bikenau e Gross-Rosen. Sua mãe morreu no primeiro e o pai, depois da
chamada ‘Marcha da Morte’, percurso a pé até o campo de Flossenbürg, na
Alemanha. “No caminho, me pediu que, se sobrevivesse, contasse o que passamos”.
Durante o período nos campos, Laks teve o nariz quebrado por um guarda e,
enquanto tinha um dos dentes arrancados, foi obrigado a não gritar para não ser
executado.
A liberdade veio no fim da guerra.
“Estava
sendo levado num vagão de comboio para ser executado, quando ele foi
bombardeado. Muitos passageiros morreram em outros vagões, mas quando abriram a
porta, eu estava livre”.
Imagens que valem mais que mil palavras…
Sugestão: Vê os filmes:
"O Rapaz do Pijama às riscas"
ou
“ A lista de
Schindler”
Visita online:
Yad Vashem, o Holocausto dos
Mártires e Heróis 'Remembrance Authority
POB 3477 POB 3477
Jerusalem, Israel 91034 Jerusalém, Israel 91034
Phone: 972-2-6751611 Telefone: 972-2-6751611
Fax: 972-2-6433511 Fax: 972-2-6433511
Web: http://www.yadvashem.org/
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Fax: 972-2-6433511 Fax: 972-2-6433511
Web: http://www.yadvashem.org/
Por: Paulo Pacheco
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