segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Testemunho



“Vivo para não deixar o horror cair no esquecimento.”
 
Sobrevivente do extermínio de judeus na Segunda Guerra tem como missão de vida passar sua história aos jovens.

Há 72 anos, o então adolescente judeu Aleksander Laks, estudante de uma escola improvisada pelos nazis no gueto de Lodz, na Polônia, desconfiou quando os responsáveis pelo colégio mandaram todos os alunos comparecerem sem falta no dia seguinte e resolveu ficar em casa. Na manhã seguinte, todos os colegas foram executados.

Um dos mais famosos sobreviventes do Holocausto que hoje vivem no Brasil, Laks, 84 anos, tem nas escolas a grande missão da sua vida: não deixar que os horrores da Segunda Guerra (1939/1945) caiam no esquecimento. Aos 17 anos, ele foi resgatado de campos de concentração pesando apenas 28 quilos. Além de dar várias palestras por semana contando como sobreviveu após passar por três campos na Polónia e na Alemanha, Laks mantém ainda contacto com jovens através de sites como o Facebook e o Orkut.
“Hoje eu vivo para manter viva a memória, não deixar o Holocausto cair no esquecimento. Dou palestras em escolas públicas, particulares, universidades e igrejas. Os jovens recebem esse testemunho chorando, afirma. Além do Rio, ele também percorre outros estados contando como se tornou o único sobrevivente de uma família de 60 pessoas, arrasada pela perseguição nazi aos judeus.

Entre as várias palestras por semana e registos deixados na Internet, Laks ainda encontrou disposição para preparar um livro, intitulado ‘O Sobrevivente - Memórias de um brasileiro que escapou de Awschwitz’. Ele veio para o Brasil em 1948. “Estava num campo de refugiados e inicialmente não pude vir porque era judeu. Depois, consegui ir para os EUA, e, de lá, como turista, para o Rio, onde tinha uma tia. Constituí família e nunca mais saí. Sou brasileiro, conta.

Atual presidente da Associação Brasileira dos Israelitas Sobreviventes da Perseguição Nazista, Laks ficou sob o poder do exército de Hitler entre 1939 e 1944. Depois de sair do gueto de Lodz, ele passou pelos campos de concentração de Auschwitz-Bikenau e Gross-Rosen.  Sua mãe morreu no primeiro e o pai, depois da chamada ‘Marcha da Morte’, percurso a pé até o campo de Flossenbürg, na Alemanha. “No caminho, me pediu que, se sobrevivesse, contasse o que passamos. Durante o período nos campos, Laks teve o nariz quebrado por um guarda e, enquanto tinha um dos dentes arrancados, foi obrigado a não gritar para não ser executado.

 
 
A liberdade veio no fim da guerra.
“Estava sendo levado num vagão de comboio para ser executado, quando ele foi bombardeado. Muitos passageiros morreram em outros vagões, mas quando abriram a porta, eu estava livre”.
Imagens que valem mais que mil palavras…
 
Sugestão:  Vê os filmes:
"O Rapaz do Pijama às riscas"
ou
      “ A lista de Schindler”
Visita online:
Yad Vashem, o Holocausto dos Mártires e Heróis 'Remembrance Authority
POB 3477 POB 3477
Jerusalem, Israel 91034 Jerusalém, Israel 91034
Phone: 972-2-6751611 Telefone: 972-2-6751611
Fax: 972-2-6433511 Fax: 972-2-6433511
http://www.yadvashem.org/ Web: http://www.yadvashem.org/
Por: Paulo Pacheco
 
 
 
 

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