quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mais um poema d e nossa autoria


A luz matinal rasgara o pez da bruma.

 

Ramos esgotados, entrançados,

solidários, descaem a prumo

na terra estéril, gretada,

envelhecida prematuramente.

Ar sem risco, brisa, fumo ou som,

homens (e mulheres) condenados ao exílio,

tão grande é a insolação, a desolação, o medo.

 

Mas por milagre assomou, entre pedras,

pequeníssima pétala de flor silvestre

a prometer

um novo céu,

uma nova terra,

uma nova vida.

 

Norberto Martins

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