Por sugestão da nossa Colega Isabel Barbosa que o declama divinalmente:
«Regresso devagar ao teu sorriso
como quem volta a casa.
Faço de conta que
não é nada comigo.
Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro.
Devagar te amo
e às vezes depressa, meu amor,
e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro,
entro no amor
como em casa.»
António Pina
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