João de Melo
nasceu nos Açores, em 1949. Aos 11 anos, deixa a sua ilha natal para prosseguir
os estudos no continente, como aluno interno do Seminário dos Dominicanos, onde
permanece entre 1960 e 1967. Abandonado o seminário, passa a viver em Lisboa,
prosseguindo os estudos enquanto trabalha e iniciando colaborações na imprensa
escrita. É, aliás, num jornal, o Diário
Popular, que publica o seu primeiro conto, aos 18 anos.A
incorporação no exército e a posterior ida para Angola, onde permaneceu 27
meses numa zona de guerra, marcá-lo-ão em termos pessoais e literários. Já após
a revolução de Abril de 1974, João de Melo licencia-se em Filologia Românica
pela Faculdade de Letras de Lisboa, mantendo sempre colaboração em diversas
revistas literárias. Foi
sindicalista, crítico literário, diretor editorial e professor do ensino
secundário e superior. Foi
convidado pelo Governo Português para o cargo de Conselheiro Cultural junto da
embaixada de Portugal em Espanha (que desempenhou durante 9 anos, entre 2001 e
2010). Em 2003, em Madrid, criou a “Mostra Portuguesa” (de que realizou 7
edições), sendo o maior evento cultural português fora de fronteiras.
Este ano venceu o Prémio Literário
Urbano Tavares Rodrigues pelo seu mais recente romance, Livro de vozes e sombras, que aborda a guerra colonial e o
separatismo açoriano.



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