terça-feira, 1 de outubro de 2013

José Rodrigues dos Santos - A filha do Capitão


Jornalista e professor universitário. Trabalha na RTP, onde apresenta telejornais. Coimo repórter, fez a cobertura de algumas guerras mediáticas: Angola, Timor Leste, África do Sul, Israel/ Palestina, Iraque, Bósnia, Sérvia, Geórgia, Líbano e Líbia. Recebeu vários prémios enquanto jornalista, através da CNN e do Clube Português de Imprensa. José Rodrigues dos Santos ensina jornalismo na Universidade Nova de Lisboa e tem um doutoramento em Reportagem de Guerra.

José Rodrigues dos Santos é jornalista e escritor. Já alcançou o sucesso, não apenas por ser a figura que todos conhecemos da TV e da apresentação dos telejornais, e das reportagens em cenários de guerra, mas também pelos livros que tem escrito: “A Fórmula de Deus” e “O Último Segredo”, “Codex 632”, “O enigma de Einstein”, “O sétimo selo”, “A ira de Deus”, ou “A mão do Diabo”, entre outros.

Há quem o compare a Umberto Eco e Dan Brown. As vendas dos seus livros têm vindo a bater todos os recordes, quer em língua portuguesa, quer noutras línguas (20), em que têm vindo a ser traduzidos.


“A FILHA DO CAPITÃO”
 
"O capitão Afonso Brandão mudou a sua vida quase sem o saber, numa fria noite de boleto, ao prender o seu olhar numa bela francesa de olhos verdes e voz de mel. O oficial comandava uma companhia da Brigada do Minho e estava havia apenas dois meses nas trincheiras da Flandres quando, durante o período de descanso, decidiu ir pernoitar a um castelo perto de Armentières. Conheceu aí uma deslumbrante baronesa e entre eles nasceu uma atração irresistível."
 
«José Rodrigues dos Santos traça-nos um ilustre repertório de factos e acontecimentos relativos à participação portuguesa na 1.ª Guerra Mundial, sob a égide de uma grande paixão em tempo de guerra. Seiscentas páginas de pura homenagem a soldados que, ao lado do oficial do exército português – capitão Afonso Brandão –, lutaram nas trincheiras da Flandres.


(…) O capitão Afonso Brandão é a figura central do romance, filho de gente humilde e nascido nas cercanias de Rio Maior, num meio pobre e rural, que teve a oportunidade que muitos da sua geração e do seu meio não tiveram: estudou para padre, apesar de mais tarde ter sido expulso, seguindo os estudos e preparação para oficial do Exército, carreira que se revelou mais positiva para Afonso do que a da batina.

Enquanto esta personagem nos é apresentada, o leitor vive e respira o Portugal de finais do século XIX e princípios do século XX, desde a ruralidade e pobreza do interior marcadas pela forte influência da religião católica, aos novos acontecimentos que Lisboa vê surgir como o primeiro automóvel, o primeiro cinematógrafo ou, a equipa de futebol que nasceu numa farmácia: o Sport Lisboa e Benfica.


A vida de Afonso Brandão irá mudar radicalmente à luz de um incidente em Serajevo que ganha proporções avassaladoras, tornando-se a ignição para a 1.ª Guerra Mundial.


Em poucas semanas toda a Europa se encontra dividida entre dois blocos beligerantes. Portugal juntar-se-á mais tarde aos chamados Aliados, liderados pela França e Grã-Bretanha, altura em que Afonso Brandão será chamado a participar diretamente na ação, integrado no Corpo Expedicionário Português (CEP), enviado para a Flandres por um Governo sequioso de reconhecimento internacional, na sequência da traumatizante revolução republicana.
Paralelamente às vivências de Afonso, José Rodrigues dos Santos dá-nos a conhecer Agnés Chevallier que habita paragens infinitamente mais distantes para os horizontes portugueses: vive uma vida folgada, num lar feliz onde é mimada e onde lhe é dada a oportunidade de estudar medicina na Sorbonne parisiense.
Neste paralelismo estabelecido entre as personagens principais, surge um ‘Portugal profundo que contrasta com a ânsia por novas descobertas na capital lisboeta e que revela uma oposição ainda maior com o glamour vitícola da região de Bordéus, onde a infância da figura feminina decorre na humildade e na graciosidade digna de uma grande heroína, que para além de bela, possui também uma educação refinada pelas viagens à capital francesa’.
‘Dois ambientes distintos propícios a influenciar as duas personagens principais, mas que não contribuem para o afastamento uma da outra. O rol de acontecimentos históricos mistura-se por isso com a ficção romanesca, com a intriga amorosa contida pela graciosidade de um amor quase impossível que tudo suporta em tempos de guerra’.
 
A paixão surge sob auspícios trágicos de um Pedro e Inês, num cenário de desolação, em que um rude golpe na ofensiva aliada em La Lys, onde se encontrava a Brigada do Alto Minho dirigida por Afonso, irá separar os dois amantes.

‘É um momento anunciado desde o início da obra, pelo que não constitui surpresa. Pode-se dizer que há o antes e o depois. Sendo o primeiro, apesar de ricamente adornado e recheado, um momentum preparatório. Quanto ao depois, será melhor o leitor descobrir por si próprio’.

(…) Os detalhes históricos do país, o ambiente nas trincheiras colocam-nos lado a lado com as personagens, vivendo com elas as mesmas emoções (quase!) trágico-queirosianas, porém um pouco mais rebuscadas e menos coerentes que as do génio português.

"Um texto com substância histórica e rica em realismo que nos fazem render à escrita suave, agradável e envolvente deste escritor", afirma Alexandra Gomes.

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